sexta-feira, 19 de março de 2010

Testemunhar: sim e sempre!



Amigo me contou algo de interessante. Disse-me ele que conversava com alguém que lhe perguntou como estava a família. Em resposta, o meu amigo respondeu-lhe que apesar das dificuldades, Deus estava com eles e os guiava pelo caminho. Então, continuou a falar sobre Deus dando o seu testemunho pessoal de como Ele agia na sua vida e na da sua família. No final, a outra pessoa estava com as lágrimas nos olhos de ouvir o seu relato.

Este meu amigo não é alguém dado a muitos discursos. Por isso me confessou que nem percebeu muito bem a própria atitude espontânea que teve naquela conversa. No entanto, o impacto causado na outra pessoa foi bem grande, muito para além do que se poderia imaginar a princípio.

Às vezes parecemos estar à espera de uma grande e boa oportunidade para apresentarmos o nosso testemunho sobre Jesus. Como que aguardamos cirurgicamente pela ocasião certa, com todas as condições reunidas para que isso aconteça. Não percebemos, porém, que isso é um erro; o testemunho é algo que deve, e pode, estar sempre presente.

Pergunte a si próprio quantas vezes poderia já ter sido uma testemunha de Jesus, logo um missionário, e não aproveitou, por esta ou por aquela razão, a oportunidade que Deus lhe colocou nas mãos. Quantas vezes poderia ter tido uma palavra ou um gesto para com alguém e não o fez? Nunca ficou com uma sensação de vazio depois de desperdiçar essas ocasiões, como que tendo deixado algo por completar?

Pior ainda é pensarmos quanto tempo perdemos em conversas frívolas e sem sentido com os nossos amigos e vizinhos, tempo esse que poderia ser aproveitado em favor da causa de Deus... Mais ainda porque essas conversas inúteis acabam sempre por passar como mensagem daquilo que somos. E não dedicamos os nossos maiores esforços à missão que Deus nos confiou.

É verdade que existem muitas pessoas que não querem, e não quererão, saber acerca de Jesus. Mas existem muitas que estão à espera de uma palavra amiga, de um convite, de qualquer coisa que lhes desperte a atenção para os assuntos eternos.

Recordo uma irmã da minha igreja, batizada há não muito tempo, que ouviu do púlpito o apelo para convidar alguém a assistir às palestras sobre os Dez Mandamentos que decorreriam em breve na igreja. Ao sair de casa, ela orou ao Senhor para que a deixasse testemunhar a alguém.

Ao chegar à paragem do autocarro, onde estavam algumas senhoras, o impulso foi demasiado grande para que a nossa irmã ficasse calada. Movida pelo Espírito do Senhor, ela dirigiu-se àquelas pessoas, que não conhecia (!), e falou-lhes do Deus a Quem se havia dedicado recentemente, convidando-as para estarem presentes no programa que iria haver. Pois bem, fique o leitor sabendo que uma das senhoras esteve presente quase todas os dias e que era uma pessoa com problemas de possessão demoníaca...

Agora pense: e se a nossa irmã tivesse permanecido calada? Se ela tivesse calma, tranquila e discretamente aguardado a chegada do autocarro, sem manter conversa com quem lá estava?

Poderemos pensar que ela foi bem ousada; mas não conhecemos ninguém a quem possamos estender um convite? A quem possamos contar o que Deus tem feito de diferença na nossa vida? Alguém com quem contar acerca da salvação, que há esperança além deste mundo?

Da próxima vez que Deus lhe colocar no coração a vontade de falar Dele, não hesite! Testemunhe aos outros das grandes coisas que o Salvador tem feito por si!

Quero deixar-lhe uma motivação para fazê-lo. Trata-se de um texto de Ellen White publicado nas Meditações Matinais de 1953.

'Os remidos hão-de encontrar e reconhecer aqueles cuja atenção encaminharam ao excelso Salvador. Que alegres conversas hão-de eles ter com essas pessoas. "Eu era pecador!", dirá alguém, "sem Deus e sem esperança no mundo; e você se aproximou de mim, e atraiu a minha atenção para o precioso Salvador, como minha única esperança"'.

E você? Não quererá manter uma conversa destas no lar eterno?...

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